segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A presença de D'Ale é sempre um diferencial. Dentro e fora de campo. Fato!




Texto| Lucas Collar    Foto| Ricardo Duarte

As coisas nunca foram fáceis para o Inter. A conquista dos nossos maiores títulos sempre foram suadas, com muito esforço, luta, entrega e também com um grupo com muita vontade de vencer. Em 2018, nessa luta pelo tetra nacional, não é diferente. E a personificação dessa luta pôde ser vista no Beira-Rio, em uma velha conhecida figura, na vitória diante dos baianos por 2-1.

A história de D’Alessandro dispensa apresentações, mas o ano de 2018 tem sido bem particular para o gringo. Um ano de transição, lesões e suspensões que o tiraram do time que acabou fazendo uma bela campanha sem sua presença entre os titulares. Nesse momento, foi possível ver a ingratidão de muitos, o tratando como dispensável, substituível ou que a sua saída seria benéfica ao Inter: estavam todos equivocados.

Todo grupo campeão precisa de um diferencial. E o diferencial do Inter, falem o que quiser, é o seu ídolo. É o seu capitão, que mesmo com a atitude nobre de deixar a braçadeira com Rodrigo Dourado, o melhor volante do Brasil, sempre será o nosso líder. A representação da arquibancada dentro das quatro linhas. Ontem contra o Vitória, em mais uma final de Copa do Mundo, foi isso que vimos.

D’Alessandro, de volta ao time titular depois de mais de 4 meses, foi o de sempre. Entrega, qualidade e um dos comandantes do time na virada colorada que coloca o time na cola do Palmeiras. Teve bola na trave, lançamentos, incendiou o jogo e foi premiado com um gol. O da vitória. Três pontos fundamentais e que tenho certeza que serão lembrados por muito tempo, caso nosso objetivo seja alcançado.

Respeitem a história do gringo. Obrigado por mais uma tarde vitória, D’Ale.

sábado, 4 de agosto de 2018

O gol mais importante que D'Alessandro não fez.



Meu pai era um homem simples, trabalhador, admiravelmente correto e, acima de tudo, colorado!!! Torcedor corneteiro, adorava flautear os gremistas e ficava mal humorado quando acontecia o contrário.

Sabia tudo sobre o Internacional, gostava de relembrar das escalações mais gloriosas, do rolo compressor, dos gols espetaculares e das vitórias mais contundentes, especialmente as obtidas contra o Grêmio. Ajudou o clube trabalhando na construção do Beira-Rio e recebeu o título de Sócio Paraninfo, que ostentava com orgulho.

Não perdia jogos do Inter; preferia assistir ao vivo, mas, quando não podia, ia para a frente da TV, invariavelmente, com o radinho colado no ouvido. Em meio a qualquer evento, festa de aniversário, casamento ou até velório, se o colorado estivesse jogando, o radinho surgia discretamente de tempos em tempos e, logo em seguida, voltava para o bolso.

Havia uma ligação umbilical, uma necessidade de acompanhar o time, e assim foi até o final.

Eu era muito pequeno quando ele começou a me levar ao estádio. Lembro-me do meu querido apontando para o campo e dizendo: “Presta atenção no alemão com a camisa 5. Joga demais! É o Falcão!”.

Ainda criança, fomos assistir a um treino no campo suplementar, e ele fez questão de me apresentar o uruguaio Rubem Paz, articulador talentoso, jogador de seleção e destaque do Inter daquela época.

Desde então, a paixão pelo futebol foi compartilhada, e acompanhar o nosso time virou um hábito prazeroso. De lá para cá, estivemos inúmeras vezes lado a lado nas arquibancadas entoando: “vamo Inter, vamo Inter!”. Na época mais recente e gloriosa, fiz questão de retribuir com a mesma dedicação e passei a levá-lo, já debilitado, a todos os jogos que podia. Como diria o rei Roberto Carlos: “Foram tantas emoções!”. Abraçávamos-nos a cada gol, e voltávamos quase roucos para casa quando a equipe conquistava um título, transbordando felicidade e gritando: “É campeão!!! É campeão!!!”.

Esses momentos ficarão para sempre na minha memória. Esta é a magia imensurável do esporte. Também é verdade que vivenciamos várias derrotas, mas as decepções fazem parte das melhores histórias.

O “Seu Zé”, como era mais conhecido, tinha opiniões fortes e extremistas. Caracterizava-se por ser do tipo “oito ou oitenta” e costumava destacar os jogadores que admirava e, também, os que detestava.

No time de 2014, os alvos eram D’Alessandro, que considerava um craque, e Fabrício, o qual não aceitava nem como reserva do reserva da lateral esquerda. Na opinião dele, os dois atletas eram muito diferentes: enquanto o gringo lhe encantava pela habilidade, disposição, raça e inteligência, o lateral o irritava profundamente por apresentar características opostas, principalmente a indolência.

Os últimos meses de vida do meu velho foram bem difíceis, boa parte dentro do hospital; ele faleceu numa terça-feira, dia 11/02/2014. Dois dias antes, aconteceu um GreNal, cujo resultado foi empate, com gols do centroavante Barcos para o rival e, justamente, do Fabrício, que abriu o placar.

O quadro clínico dele havia se agravado na noite anterior; não conseguia mais falar, estava muito fraco, porém, lúcido! Nesse domingo, tivemos nosso último e inesquecível diálogo. A visita era no início da noite, e a partida tinha terminado há pouco quando cheguei ao quarto em que ele estava na UTI. Ele, nitidamente, me esperava angustiado; quando me viu entrar, tentou falar alguma coisa, mas não conseguiu.

Deve ter sido horrível ficar longe do inseparável radinho numa tarde de clássico. Parei ao lado da cama, e ele me olhou diretamente nos olhos, levantou as sobrancelhas e espalmou as mãos para cima com bastante esforço. Entendi o gesto: tentava me perguntar qual tinha sido o resultado do jogo. Nessa altura, intimamente, eu já sabia que o meu melhor amigo estava prestes a partir.

Então, não hesitei em mentir.

Foi uma mentira do bem, daquelas que carinhosamente afagam a alma: “Dois a um pra nós, pai. Ganhamos!”. De pronto, o semblante dele mudou para melhor. Na sequência, teve mais dificuldade e superação para fazer outra pergunta. Desta vez, consegui ouvir um sussurro:  “Quem?”.

Ele precisava saber o nome dos protagonistas, e eu não poderia tirar o gol do malquerido lateral. Era justo e também a parte verídica da minha resposta. Então, pronunciei o primeiro nome: “Fabrício…”. O “Seu Zé” demonstrou espanto e fez uma expressão de dor.

Logo em seguida, lhe falei o que mais queria ouvir: “O segundo gol foi dele pai, o D’Ale decidiu outra vez!”.

Ele fechou os olhos e pareceu imaginar o argentino correndo, com os punhos cerrados e batendo no peito, indo ao encontro da torcida vermelha. Como é doce o sabor de uma vitória. Nesse momento, o vi sorrir suavemente pela última vez.

Então, me debrucei sobre o meu pai, meu querido, meu velho e meu amigo.

E foi assim que, do nosso jeito, comemoramos juntos o gol mais bonito e importante que o D’Alessandro, o maior camisa 10 colorado, jamais fez!



Fábio William Rosa é colorado e um orgulhoso filho do Seu Zé.

#Dale10anos. Dale pra sempre.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

D'Ale: Golaço no treino e na Coletiva!




Como sempre, as coletivas de D'Alessandro são lúcidas e inteligentes.
Bem articulado, D'Ale hoje falou sobre o momento do Inter, sua volta, recuperação e sua expectativa para o segundo semestre.
Leia as principais declarações aqui:

Sobre a lesão no tornozelo:
"Para esclarecer, tive uma lesão no tornozelo. Eu ouvi muita coisa nesse momento. Fiquei fora do momento bom do Inter. Vai ser um desafio nos manter nas primeiras colocações"

Sobre a volta ao time principal:
"Eu sempre busquei meu espaço. Completo dez anos no #Inter no mês que vem, jogando bem, por minha conta. Agora, vai ser do mesmo jeito"

"Eu vou voltar devagar. Tem que dar o crédito ao treinador, que encontrou uma equipe. Eu fiquei no banco contra o Palmeiras, Grêmio. Eu nunca reclamei de ficar no banco"

"O momento é bom. Não é se apequenar, é saber que a gente pode sair atrás do placar e buscar. Temos que pensar jogo a jogo"

Sobre as críticas infundadas:
"Eu ouço as coisas há 10 anos. Estou aqui ainda. Uso a mesma roupa. Pode falar que o D'Alessandro chuta mal, é baixinho. Só não pode faltar com respeito. Não pode falar do meu profissionalismo" 

Sobre atual momento do Inter:
"Sempre estivemos tranquilos com ele (Odair). Ele sempre trabalhou do mesmo jeito. Agora estamos conseguindo nos impôr. O trabalho que a gente vem fazendo é de confiança, tranquilidade, segurança"

 "Eu nunca achei que o time tivesse 'D'Aledependência'. Eu nunca recebi nada de favor. Sempre trabalhei para isso. Tem que respeitar o momento. O time está jogando bem, está numa posição que muita gente nem imaginava"

"O líder é isso, respeitar as decisões do treinador e respeitar os companheiros"

"Nós encontramos um equilíbrio importante, parte ofensiva e defensiva. A partir daí, começaram a crescer as individualidades. Temos um grande trabalho de meio campo. Melhoramos muito" 

"De repente, em algum jogo não jogamos bem e conseguimos resultado. Nem sempre vamos jogar bem. Conseguir o objetivo é importante. Ser aguerrido como estamos sendo"

Ainda na entrevista, D'Ale falou sobre as ofensas a sua família:
" A partir de agora é com a justiça, passou dos limites é processo direto. "

Hoje no treinamento D'Ale marcou um golaço no treinamento:


Imagens: Sport Club Internacional
Edição: Memória Colorada
Agradecimentos: Rádio GreNal.












sexta-feira, 15 de junho de 2018

Um Amor Chamado D'Alessandro.

 

Texto| Rosita Buffi
Foto| Arquivo Pessoal

Um amor!
 Amor que desde pequeno já gostava do vermelho, que já empunhava ao braço, com feroz devoção e seriedade, a braçadeira de Capitão.
Um amor.
Cresceu rodeado de afeto, de amigos e da bola. Se tornou uma pessoa do bem, que aos 17 anos conheceu seu outro amor, sua esposa até hj!
Íntegro, sempre.soube respeitar e honrar nossa cidade, nosso manto, nossas coisas aqui do RS.
Profissional dedicado, filho amado, amigo carinhoso, pai amoroso, marido exemplar!
D'Ale jamais nos deu motivos para não ama-lo, é ídolo, e aos que sabem o que significa essa palavra o tem guardado no coração, assim como eu.
Tomaremos conta de ti ídolo!
O INTER está no G4 sem D'Ale em campo. COM D'ALESSANDRO SEREMOS CAMPEÕES!
TUA TORCIDA TE ESPERA.
Porque TU também é nosso amor!

domingo, 27 de maio de 2018

Pelo Capitão.


Texto: Rosita Buffi
Foto: Ricardo Duarte

Em dia que mais de 30 mil Colorados foram a pé, de bicicleta, de carona, de Van compartilhada, de Busão alugado, de trem para o Beira Rio, o INTER venceu seu maior rival ( o segundo é o empate) nacional por 2x1 com direito a virada aos 47' do segundo tempo.

Time com poder de reação, jogando pelo gol, vibrando. Tudo que D'Ale faz em campo.
Se vamos acertar o time com ele, ou sem ele, é mérito do técnico. Que aliás acredita no seu Capitão e com certeza a volta dele só acrescenta qualidade ao time.
Grupo joga unido, coeso, e sabem q a responsabilidade sem D'Alessandro em campo é redobrada. Diria que jogam também por ele.
O time passou a jogar melhor ainda depois da entrada de Rossi, Nico e Juan Alano.
Não está jogando melhor pela falta do Capitão D'Alessando, com ele em campo seria até mais efetivo!

Já ouvimos alguns falando q acabou a era do D'Ale no Beira Rio.
Sim, ele um dia vai se aposentar, sair, mas esse dia não chegou ainda.
Não sejam ingratos.
Ele tem muito a dar para o Inter. Dentro ou fora de campo.
Respeita o ídolo!

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Palmeiras 1x0 Internacional : OPINIÃO


Amigos,

Ok, concordo, a gente não conseguiu vencer ontem, mas não jogamos de todo mal, aliás acho que jogamos bem diante de um dos "preferidos" ao título de 2018, e diante disso fica uma reflexão: se os erros da arbitragem não tivessem influenciado no resultado ( e influenciou) o que estariamos falando do jogo hoje??
Duvido de muitas críticas que li, duvido mesmo.
E outra, ou o Inter se posiciona escancaradamente contra a arbitragem, fazendo pressão, ou será assim o ano todo. 1, 2, 3 pontos nos fará falta no fim do campeonato, E saber que perdemos também esses pontos por que decidiram que vão nos atolar com erros em TODOS os jogos, fica difícil pra nós, imagina para o jogador que já entra sabendo que o juiz vai difilcutar.
Não é teoria da conspiração. Não é arrumar desculpa. É a verdade.

Rosita Buffi


domingo, 11 de março de 2018


 Texto: Lucas Collar | Arte: Thiago Schmitt

Do primeiro ao quadragésimo: a idolatria a um argentino escrita em vermelho e branco.

Eu sou um adepto da ideia  de que as coisas não acontecem por acaso. Tudo que acontece em nossas vidas tem um razão e a gente geralmente costuma entender o motivo das coisas tempo depois de que elas acontecem. Se passarmos essa minha ideia ao futebol, ela se adapta e é perceptível nos simples detalhes como a história de D’Alessandro com o Sport Club Internacional: quase dez anos de uma idolatria que começou a ser escrita lá em 2008 justamente contra o mesmo a adversário deste domingo contra quem nosso maestro completará 400 jogos vestindo nossa camiseta.

D’Alessandro chegou em 2008 ao Inter justamente após quase ter assinado pelo co-irmão, um duro golpe que doeria ainda mais nos azuis pela história que o gringo escreveu vestindo vermelho e branco. Mas a chegada de D’Ale ao clube foi difícil. Uma negociação complicada e um grande desafio, comandar a equipe após a saída de ídolos como Fernandão e Iarley. Mas como as coisas não acontecem por acaso, o primeiro ano de D’Ale em Porto Alegre já lhe rendeu uma taça importante, continental e inédita na história do Inter: a Copa Sul-Americana. 2008 ainda ficou marcado com sua estreia, justamente em um Gre-Nal da Sul-Americana, onde o Inter eliminaria o Grêmio e, posteriormente, com seu primeiro gol em clássico, no Beira-Rio, pelo Brasileirão em uma sonora goleada por 4 a 1.

E muita coisa aconteceu até chegarmos até este quadragésimo jogo de D’Alessandro vestindo vermelho. Já vimos ele nos comandar por inúmeras vezes na conquista do Rio Grande do Sul e, por mais que digam que isso não importante, vos digo que mandar na terra é sempre  bom. Vimos ser o melhor jogador da américa em 2010 sendo um maestro na conquista da segunda Libertadores. O vimos fazer um ano fantástico, sem estádio para jogar e livrar o Inter da queda em 2013. Também vi de perto ele, ao lado de Fernandão e Figueroa como um dos embaixadores da festa de reinauguração da nossa casa, onde nos dá o prazer de vê-lo desfilar bom futebol, identificação, garra e entrega quase sempre.

E o jogo 400 nos preserva mais fortes emoções. Um clássico. Um Gre-Nal. Um jogo onde estamos acostumados a ver D’Alessandro como principal figura. Afinal, são poucos jogadores, na história dos clássicos mundiais que tem 28 participações, apenas 5 derrotas e 8 gols marcados. E dessa vez um clássico diferente. Um clássico onde estamos com várias coisas engasgadas na garganta nos últimos dois anos. Talvez um jogo para lavar a alma e um começo da afirmação de um novo trabalho que vem dando esperança aos torcedores colorados. E isso tudo só é possível de deslumbrar porque temos um grupo forte comandado por um grande capitão: Andrés D’Alessandro, o predestinado. O cara que nasceu para jogar no Inter.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

O Privilegio de conviver com D'Alessandro!


Texto: Lucas Collar
Foto: Ricardo Duarte

O torcedor do Inter é privilegiado. Eu, por torcer para o Inter, sou privilegiado. Mas tem privilégio que poucos podem ter. Eu não tive a oportunidade de assistir o Inter da década de 70, que escuto somente por histórias contadas de forma emocionante pelo meu pai. Fui um privilegiado de ver Fernandão mudar a história do Inter e, ainda por cima, sou um cara que tem o prazer de ver a história de um dos maiores jogadores do clube sendo escrita, dentro de campo, com a perna esquerda e sob meu campo de visão.

D’Alessandro escreve uma história linda no Inter: desde a sua chegada, que já foi uma das maiores recepções a um jogador no Salgado Filho, passando pelos inúmeros títulos estaduais, clássicos, Sul-Americana, Recopa e a Libertadores da América. Mas nem só de títulos estou falando. Falo de idolatria, respeito ao clube, torcedor e vestir a camisa com poucos jogadores vestem no cenário atual do futebol com transações milionárias  e pouco vínculo.

O nosso capitão faz em campo tudo o que torcedor colorado gostaria de fazer se tivesse em campo. Briga por cada bola, luta por cada espaço de campo, discute pelo time contra adversários, arbitragens ruins e pelos nossos interesses. Além de ser mágico: são 100 assistências e 85 gols em praticamente 400 jogos. E detalhe: melhorando cada vez mais mesmo que alguns insistam em dizer que está velho, ultrapassado e que deveria falar que está cansado por conta dos 36 anos.

Eu, além de ter o privilégio de ter visto algum dos maiores nomes da história em campo, também tenho a oportunidade de acompanhar o dia-dia do time. E posso afirmar categoricamente: D’Alessandro trabalha e muito.  É um dos que puxa a fila dos trabalhos físicos, está sempre orientando o time nos treinos sendo praticamente um auxiliar do Odair dentro de campo e se esforça. Treina como se fosse  jogo e joga como se fosse decisão. Independente de contra quem seja e por qual competição valha.

D’Alessandro é um monstro. E não só pelas três assistências contra o Juventude. Não só por mais um brilhante começo de ano. Não só pela falta que fez em 2016 e pela alegria que deu aos torcedores do River Plate. Mas  por tudo que fez, faz e ainda fará pelo Inter. Somos privilegiados e devíamos agradecer por D’Alessandro ter escolhido defender o vermelho e o branco.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A comparação inevitável que demoramos a fazer: 2013/2016




Texto: Rosita Buffi
Foto: Arquivo Blog


Hoje completa 5 anos do primeiro gol de D’Ale em 2013. Era jogo contra o Caxias, que fora adiado por conta da terrível tragédia da Boate Kiss. Estávamos naquele jogo, era um calor insuportável na Serra, seguido de temporal, com chuva até os joelhos em plena arquibancada. O campo encharcado, mas mesmo assim a vitória veio.


Era o primeiro de uma série inédita de 20 gols, que muito contribuíram para que não fossemos rebaixados naquele ano no Campeonato Brasileiro.
D'Ale teve um ano pessoal majestoso. Entrava e resolvia, acertava tudo, além de belas assistências. Foi um ano bem difícil para os colorados, sem casa, jogando com os mandos de campo em Caxias e com viagens intermináveis. O Blog acompanhou todos os jogos possíveis: Gauchão, Copa do Brasil, e Campeonato Brasileiro. Também foi o ano que nos aproximou do ídolo, estabelecemos ali nossa amizade e parceria, que dura até hoje.

2013 foi para D'Alessandro uma mistura de superação, liderança e cansaço. Seu desempenho e intensidade emocional em campo motivava os companheiros e a torcida. Mesmo com resultados negativos, ele não se deixava abater, e terminou aquele cansativo ano como o melhor jogador estrangeiro no país, recebendo o prêmio EFE, concedido pela Agencia Internacional de Noticias, já tendo sido entregue em outras ocasiões para nomes como Leonel Messi e Cristiano Ronaldo.


Foi uma coroação ao seu desempenho extraordinário em campo, imbatível até hoje:
•59 jogos
•5180 minutos
•20 gols
•14 assistências

D'Ale sempre soube que em campo o comprometimento deve ser 100% e que deve honrar o manto mesmo nas adversidades. A maior prova disso é que esse ano de 2013 ficamos abaixo do esperado, mas D'Ale chamou a responsabilidade e podemos afirmar que graças a suas atuações individuais, e a sua liderança com o grupo no vestiário e em campo, conseguimos nos livrar de um resultado pior.

Revendo 2013, pergunto:

Ainda tem alguém que acha que em 2016 cairiamos com ele em campo?

domingo, 11 de fevereiro de 2018

D'Alessandro 2018: evolução em campo e idolatrado na arquibancada!



Texto: Lucas Collar
Foto: Carlos Macedo ( Agencia ZH)


O ano de2018 no Inter, enfim, deve apresentar uma maior tranquilidade. Depois de um ano turbulento como 2016, refletindo algumas coisas, por óbvio, em 2017, o clube segue algumas ideias interessantes e que geralmente são pilares importantes em times que conseguem resultados positivos. É claro que o processo ainda será longo, visto o estrago que realizaram em um clube grande como o Inter, mas posso dizer que o pior já passou.

Se compararmos o começo de ano em 2018 com 2017, já é possível ver uma boa diferença. Diferente do ano passado, aonde o Inter vinha de um rebaixamento e se preparava para o ano mais difícil da sua história, com uma reformulação praticamente total do grupo, 2018 nos mostra uma manutenção de elenco, time e trabalho. E isso é um dos passos mais importantes para que as coisas comecem a dar certo com o entrosamento necessário, além da presença do Odair Hellmann, que conhece o grupo e não precisará de um tempo maior de adaptação.

A belíssima atuação diante do São José, na última quinta-feira, é uma prova de que as coisas estão no caminho certo e que precisam de paciência para dar certo. O Inter, enfim, tem uma filosofia de jogo e é possível ver um trabalho por trás das inúmeras jogadas combinadas, trabalhadas e chances criadas. D’Alessandro, por exemplo, tem maior liberdade no sistema ofensivo e está ajudando demais na saída de bola. Aliás, o “velhinho”, apareceu na área do Inter dando carrinho para desarmar o ataque adversário.


Por falar em D’Alessandro, ele se mostra cada vez mais fundamental ao time. Além da grande falta que fez em 2016 dentro e fora de campo, parece não ter mudado praticamente nada na virada do ano. Líder de assistências no ano passado, o capitão tem sido muito participativo em 2018 já tendo feito uma pintura contra o São  José e uma assistência em quatro jogos. Além disso, são quase 30% em participação nos gols do time neste ano.

Por vezes ainda não temos a percepção do tamanho do tempo que estamos vivendo. Nós, torcedor colorados, somos privilegiados de ver um atleta como D’Alessandro, o mais velho do elenco, puxando fila fisicamente, brilhando tecnicamente com dribles, assistências, gols e, além de tudo, fazendo o papel de um ídolo identificado com o clube sendo um anexo da arquibancada dentro de campo seja no Beira-Rio ou longe de Porto Alegre.
Por isso, é possível sim acreditar que as coisas podem ser  bastante promissoras em 2018. Até porque quando se tem um craque como D’Alessandro no time exercendo um papel de liderança que tanto nos faltou em 2016, as coisas ficam mais fáceis.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

As críticas sem fundamento já começaram! Sera um ano difícil...



Texto: Lucas Collar
Foto: Ricardo Duarte


O começo de ano do Inter é cercado por expectativa. Depois de um ano de altos e baixos, onde o principal objetivo do clube no ano foi alcançado, o 2018 começa com o Inter de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído. Porém, um fato me chamou atenção nos últimos dias. Estive presente no CT Parque Gigante acompanhando mais um trabalho da pré-temporada comandada por Odair Hellmann e, na atividade, o time considerado “titular” perdeu por 2 a 0. Um prato cheio para polêmicas, caça-cliques e para aqueles que estão fervorosos com os últimos anos turbulentos do clube.

Como posso ler que o Inter é vulnerável na defesa se mal estreou na temporada oficialmente? Será que o discurso já mudou após a vitória por 8 a 0 no jogo-treino contra o Lajeadense no CT Parque Gigante neste sábado? Será que a torcida colorada seguirá caindo nessa lorota logo no começo do ano? Odair está começando o ano, realizando testes e, na minha opinião, o treinamento serve justamente para que erros aconteçam, visando corrigi-los durante as competições que virão durante o ano.

Aliás, o Inter está começando um ano como a muito tempo não se via. É claro que é preciso ser cauteloso com expectativas, mas o grupo está unido e temos um técnico que é querido pelo grupo de jogadores, que tem boas ideias e que fala a linguagem do jogador e consegue ser didático a cada exercício realizado durante a pré-temporada. Temos boas credenciais para ter um ano muito bom, mas que a mídia não subestime a força do grupo, da torcida e do Sport Club Internacional.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Enfim, a bola! Inter treina forte já no começo da pré temporada!


Texto: Lucas Collar
Foto: Ricardo Duarte

Depois de dias intensos de trabalhos físicos no CT Parque Gigante, ela finalmente apareceu: a bola. O técnico Odair Hellmann esboçou o primeiro time da temporada 2018, já visando o jogo da estreia contra o Veranópolis, no Beira-Rio, no próximo dia 18. Entre as principais novidades, a movimentação de D’Alessandro.

O time foi esboçado com: Danilo Fernandes; Dudu, Klaus, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Dourado, Edenílson, D’Alessandro, Camilo e William Pottker; Leandro Damião. O capitão colorado foi presença constante na saída de bola ao lado de Edenílson e posteriormente, aparecia junto com Damião para finalizar as jogadas.

Outros pedidos de Odair Hellmann, além da movimentação de D’Ale, ficou por conta da saída de bola pelo chão, evitando chutão e também da marcação sob pressão na saída de bola do adversário, tentando roubar a bola mais próximo do gol inimigo.